segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A Invenção da sociedade humana pela mulher

Segue belo texto explicativo de como a mulher foi essencial na formação da sociedade como a conhecemos hoje. Lendo este texto me fez entender muito bem no real valor da fidelidade e em como isso foi crucial para nossa evolução. A promiscuidade é sinal de pessoas que não estão no seu estágio mais alto de evolução emocional e espiritual.



Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político




Blogger-A Invenção da sociedade humana pela mulher
http://professorrobertorocha.blogspot.com.br/2011/07/sindrome-da-mulher-aranha-ou-da.html



A Invenção da sociedade humana pela mulher


Início da sociedade: marcada como uma ‘primeira revolução’, a construção de abrigos e a constituição das famílias determinam o fim do nomadismo. A linguagem toma características tribais e esta foi uma época de relativa felicidade, com o aparecimento do amor. Os males surgentes serão a vaidade e a comparação.” Jean Jacques Rousseau – Discurso sobre as origens e os fundamentos das desigualdades da sociedade humana...


Os teóricos da Ciência da Economia construíram uma hipótese antropológica interessante sobre a origem da agricultura, da criação de animais domésticos e da criação em cativeiro de pequenos animais domésticos para o fornecimento dos alimentos. Diz esta teoria que há cerca de 50 mil anos passados fora a fêmea do homo sapiens quem inventou a economia doméstica, a agricultura, a linguagem falada, a criação de animais domésticos, criou a casa, criou os primeiros móveis domésticos.


O macho homo sapiens nesta época não participava da vida doméstica, que era formada pelo grupo das mulheres, das crianças e bebês humanos. Sabemos disso com certeza porque somente nos últimos cinco mil anos a cultura humana começou a estabelecer a associação entre o sexo heterossexual e a reprodução. Então o macho sapiens ignorava por completo a vida em família como conhecemos hoje, formada por um casal heterossexual como reprodutor da espécie humana. Este fato é o fundamento da História da cultura humana.


Em sua solidão histórica, vagando pela natureza selvagem, passando cerca de nove meses prenha e tendo que cuidar da prole durante os períodos de puerpério tinha a fêmea sapiens a cuidar de si apenas as suas parceiras, já que o macho achava que nada tinha a ver com aquela situação embaraçosa em que as fêmeas humanas adultas sexualmente a cada nove meses andavam envolvidas.


Depois do período do pós-parto, era longo o tempo de lactação do bebê humano. Solitariamente.


O sexo para o homo sapiens masculino era indistinto: homens, mulheres, velhos, novos, irmãs, tias, mães, avós nada escapava porque não se havia estabelecido os fundamentos dos laços familiares, porque o macho sapiens vivia caçando, viajando, nômade, e coletando alimentos de fortuna, em grupos de homens machos sapiens, às vezes retornando ao círculo onde nascera casualmente.


Como fixar o macho perto das fêmeas e segregá-lo do grupo dos machos, sedentarizando-o? Este era o desafio das fêmeas sapiens.

Então, as fêmeas sapiens não podiam acompanhar constantemente os machos sapiens em suas jornadas de caçadas e coletas de alimentos de fortuna, porque estavam sempre prenhas, amamentando ou carregando as suas crias, suas tralhas domésticas, sem saberem quem eram os pais de suas crias, - se elas pudessem associar o ato sexual ao ato da gestação - espertamente as fêmeas criaram algumas táticas comportamentais que em conjunto tornou-se uma estratégia muito eficiente para resolver este problema:

a) Inventaram o conceito de beleza feminina;
b) Inventaram a família;
c) Inventaram o amor;
d) Inventaram a sexualidade macho-fêmea;
e) Inventaram o casamento;
f) Inventaram a fidelidade;
g) Inventaram o lar;
h) Inventaram a agricultura;
i) Inventaram a criação de animais domésticos;
j) Inventaram a Economia;
k) Inventaram a propriedade privada;
l) Inventaram a poupança;
m) Inventaram as regras de moral e ética;
n) Inventaram a religião;
o) Inventaram a cultura humana;
p) Inventaram o machismo, depois o feminismo


Com isso criaram atrativos para os machos sapiens se interessarem em permanecerem perto das fêmeas sapiens e das crias das fêmeas sapiens sem saberem que tinha participação genética naquele processo de reprodução, a priori, portanto, as fêmeas tiveram que criar muitos interessantes atrativos para que os machos trocassem a sua liberdade de bicho nômade pela sedentarização junto a uma prole que ele não assumiria como se fosse de sua cota genética.

Quanta engenhosidade feminina!

O conceito de beleza é uma invenção feminina, segundo o filósofo Rousseau, quando da pré-história a fêmea humana criou-o para se distinguir das outras demais fêmeas para prender e chamar a atenção do macho da espécie homo. 

Acontece que o macho pré-histórico era nômade e promíscuo. Para o macho toda mulher era igual, sem distinção, qualquer uma serviria, a não ser por uma eventual doença ou velhice. Não haviam sido ainda naquela época estabelecidas na cultura e na Biologia a co-relação de causa e de feito entre o sexo, o macho, gravidez e a reprodução.
Acontecia que as fêmeas, também promíscuas e infiéis como os machos, passavam por três ocasiões em suas existências em que precisavam da presença companheira que eram no momento final da gravidez, no parto, e na fase de aleitamento das crias, quando precisavam ser auxiliadas no parto e na fase pós-parto para cumprirem as suas atividades. Assim a fêmea precisou inventar a família, e consequentemente o amor moral, enquanto o macho somente conhecia o amor físico, sexual, casual.

Então a fêmea inventou a beleza, começando a se enfeitar para atrair o macho e sedentarizá-lo, para ele sempre se lembrar daquela fêmea, mostrar que ela era diferente das demais fêmeas, bonita, usando adornos, cuidando dos cabelos, chamando a atenção para partes do corpo e para a sua identidade que era principalmente o seu rosto, começando assim uma competição com outras fêmeas pela atenção do macho.

As fêmeas passaram a verificar as coisas que atraíam mais os machos em seus corpos para destacá-las, e a esconder as partes consideradas menos atrativas, para criar laços afetivos e morais. Assim fora inventado o conceito de beleza.


Que engenharia!


A mulher inventou a família, o amor moral, a beleza, a monogamia, o ciúme, para manter a exclusividade e a fidelidade do macho através do afeto. A mulher, para fugir do esforço da caça, domesticou os animais que serviam de alimento; para fugir da coleta de alimentos enterrou e transplantou alguns vegetais e percebeu que poderiam viver e crescer, inventando assim a agricultura e economizando caminhadas pelas paragens para coletar alimentos.


Os machos em suas caçadas precisavam do fator surpresa, por isso mal emitam ruídos que pudessem afastar as presas. Ao contrário, as fêmeas sapiens precisavam se comunicar constantemente, permanentemente, continuamente, então inventaram a fala, a linguagem falada.


As mulheres estabeleceram as primeiras regras de moral para organizarem o acesso ao novo brinquedinho sexual feminino, para isso veio de brinde a invenção da sensualidade feminina, ao contrário do folclore sobre o tacape e o estupro masculino, agora a mulher virou uma commodity sexual e precisava valorizar o acesso a ela com regras que permitiam e proibiam o sexo entre parentes, entre homens, entre mulheres e com as crianças.


Estava inventada a moral, a tradição, a Ética, então a religião foi o passo seguinte.


A mulher vivia em uma situação privilegiada na era pré-tecnológica, quando o trabalho significava quebrar pedras com marreta, não como o é agora, quando se trabalha atrás de um teclado de computador ou num caminhão com câmbio automático e direção hidráulica que até um tetraplégico consegue dirigir.
A mulher inventou o machismo para o macho nem desconfiar que era ele o escravo do trabalho: caçar, matar, fazer tudo pela família em troca da glória, caso contrário, não mereceria o título de macho forte, valente, poderoso.



O Psicologismo de Rousseau, em seu 'Discurso Sobre a Origem das Desigualdades Humanas', faz um ensaio sobre o processo de formação do Estado liberal referido ao valor da propriedade privada e ao contrato social que fundou o Estado liberal.


O marco da criação da sociedade e do Estado liberal, para Rousseau, foi quando surgiu a diferenciação de classes sociais, que foi o momento em que a fêmea sapiens passou a ser agricultora começou a acumular, ou guardar para uso futuro, o produto de coleta e agricultura, formando um primeiro patrimônio.

A partir do momento que o casal humano de macho e de fêmea sapiens deixou de ser nômades, e cercou / delimitou um pedaço de território para si e disse "isto é meu" então surgiu ali, naquele momento, a sociedade liberal, surgiu o Estado liberal fundado no reconhecimento da propriedade privada por uma autoridade criada para cuidar do direito de propriedade.


Segundo Rousseau a sociabilidade do homem não é uma habilidade ou característica natural; o estado da natureza[6] caracteriza-se pela suficiência do instinto selvagem, ao contrário o estado de sociedade que caracteriza-se pela suficiência da razão iluminista, positivista, acima do instinto.

O homem natural é amoral, não compreende vícios nem virtudes, não precisa da sociedade nem do Estado.


O princípio da sociedade, e, dos vícios, surgiu com a posse de bens, ou seja, quando foi declarada a primeira propriedade privada, quando surgiu a diferenciação entre pobres e ricos, entre proprietários e não-proprietários.

Portanto, a desigualdade é quase nula no estado da natureza selvagem (estágio pré-socializado) do homem, as desigualdades resultaram da sociedade, das interações sociais; quando se fala em sociedade, fala-se em desigualdade, fala-se em pobreza e em riquezas, segundo Rousseau.

Para Robert Mitchels [7] quando se fala em organização, fala-se em hierarquia, quando se fala em hierarquia, fala-se em diferenciação social, fala-se em privilégios, portanto, fala-se em elites: não pode haver democracia num sistema organizado hierárquico, segundo Mitchels; para Rousseau, não poderá haver democracia fora do estado selvagem, ou seja, a sociedade é imanentemente antidemocrática segundo Rousseau.

Da vida social nasceram: a riqueza, a pobreza, a beleza ou lascívia, a dominação, a servidão, a paixão romantizada. Da propriedade surgiu a necessidade de cooperação, a princípio, eventual, depois, de curto e médio alcance, depois, de longo prazo que ensejou a construção da sociedade, do Estado e do pacto social, ou, contrato social.


O paradoxo Rousseauniano consiste na negação do princípio de Mandeville [8] onde este último defende a lógica da razão individual como primum movens do indivíduo, a despeito do efeito que isto causaria à racionalidade coletiva onde a racionalidade coletiva resultaria da somatória das lógicas individuais, necessariamente.


Para negar o princípio da racionalidade mandeviliana Rousseau nega qualquer racionalidade derivada da sociedade, pois o homem somente seria racional fora da sociedade, segundo o princípio de que as desigualdades sociais não guardam qualquer relação com as habilidades individuais que diferenciariam os indivíduos, quer dizer, não são as virtudes ou os vícios que criariam diferenciações sociais. As diferenciações sociais, segundo Rousseau, são virtualidades criadas pela e para a sociedade artificial e fictícia sem fundamento na natureza. "A desigualdade não é legítima do ponto de vista natural" [9].


É o efeito grupo-social que criaria as qualidades e defeitos da diferenciação socioeconômica dos indivíduos.




Diz a Bíblia Sagrada que o trabalho do homem foi conseqüência da desobediência da mulher de Adão, Eva, que levou o macho a experimentar o fruto proibido e assim foi condenado ao castigo eterno do trabalho duro, por causa da sedução de Eva que induziu Adão à comer da fruta e este seduzido e encantado por Eva cometeu o pecado conscientemente.

Havia inveja da felicidade dos homens, o maligno serviu-se da serpente para os seduzir. A cobra, que era o mais astuto de todos os animais da terra disse a Eva: Por que vos proibiu Deus que comessem das frutas do paraíso? Eva respondeu: Podemos comer todas, exceto da árvore que está no meio do paraíso, isto foi Deus quem determinou e também que não a tocássemos, senão morreríamos.

A serpente falou: De modo algum vão morrer, e Deus sabe muito bem disso; ao contrário, se dela comerdes, sereis igual a Deus, conhecereis o bem e o mal. Achou então Eva que uma fruta tão bonita e atraente à vista também devia ser saborosa, não teve mais dúvida, colheu uma e comeu, em seguida ofereceu ao marido Adão que estava perto, que para não lhe fazer desfeita também comeu. Ao comer a fruta perceberam que estavam nus e para se cobrirem fizeram tangas de folhas de figueira.


Deus Castiga o Pecado:


Ao ouvirem a voz de Deus esconderam-se debaixo das árvores. Deus então chamou Adão: Adão onde estás? Adão respondeu: Tive medo pois estava nu e me escondi. Disse Deus: Quem lhe disse que estavas nu? Comeste da árvore proibida? Adão respondeu: A mulher que me destes como companheira me ofereceu e eu comi. Deus falou para Eva: Por que fizeste isto? Eva respondeu: Foi a serpente que me enganou.

Deus amaldiçoou a serpente dizendo: Por que fizeste isto será maldita entre todos os outros animais, andarás rastejando sobre teu peito e comerá o pó da terra em todos os dias de tua vida, estabelecerei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela, ela te esmagará a cabeça e tu procurarás morde-la no calcanhar.

Disse ainda Deus a Eva: Sofrerás muito por causa de teus filhos e ficarás debaixo da autoridade do marido.

Dirigindo-se a Adão falou: Preferiste obedecer a voz de tua mulher, seja a terra maldita por tua causa e produza de agora em diante espinhos e abrolhos. Comerás o pão ganho com o suor de teu rosto, até que voltes à terra donde foste tirado, pois és pó e em pó novamente se tornará.

Após esta sentença, Deus fez túnicas de peles para Adão e Eva, e assim vestidos os expulsou do paraíso, a fim de cultivarem a terra. Na porta do paraíso colocou querubins com espadas flamejantes, para que vedassem o caminho da árvore da vida.

O trabalho até duzentos anos atrás era considerado apenas um castigo para os pobres e analfabetos, não dava status, como hoje procuram as mulheres, as quais viviam como verdadeiras rainhas-dos-lares, na maior mordomia..


Com tantos percalços no caminho de seu sucesso no mundo do trabalho fora de casa, o gênero feminino, a par de descobrir a selvageria da competição do mercado de trabalho, tem ainda a enfrentar como segmento minoritário, todos os preconceitos e expectativas minimizantes do mercado profissional a respeito de sua capacidade ainda não cabalmente testada e comprovada em áreas onde está ausente, fugindo do labor duro, aí sim, protegida pela tradição e pela religião do trabalho penoso, como hoje ainda acontece nas áreas duras nas competições automobilísticas, motociclísticas, nas áreas de engenharia, enfim nas áreas consideradas “duras” da atividade humana, como sempre o fez ao longo da História, quando o macho do gênero quebrou pedras e fez guerras com a marreta e a espada, antes das invenções da britadeira e do míssil guiado, computadorizado, furtivo e inteligente.


A maior invenção da evolução social do gênero humano foi a descoberta (ou a invenção) da divisão do trabalho social, e na era industrial a invenção da divisão de tarefas como na linha de montagem industrial e na área de serviços.
O que quer dizer: antes o ser primitivo tinha que ser polivalente, fazendo de tudo em autonomia completa. Tinha que construir a casa, pescar, caçar, fazer as suas ferramentas, suas roupas, enfim fazer de tudo.

Os homens criaram praticamente tudo que existe na vida moderna sem permitir a menor participação feminina, pois criaram, entre outras coisas: Submarino; Navio a vapor, Aviões, Automóveis, Computador, Sistemas Operacionais digitalizados e analógicos para dispositivos computadorizados, Helicópteros, hélice, Geradores elétricos, Solda Elétrica, Caneta esferográfica, Máquina de lavar roupa, Secadores de cabelo, Chapinha elétrica de cerâmica, Microprocessadores de semicondutor, Inventaram / descobriram a Física, Química, Matemática, Geografia, Filosofia, Psicologia, Medicina, Antropologia, Sociologia, Astronáutica, Astrologia, Engenharias e enfim, não deixaram quase nada para as mulheres descobrirem ou inventarem.


Este fato deixou as mulheres em uma situação tal que as mesmas encontram-se sem condições de provarem as suas qualidades intelectuais por total ausência de qualquer oportunidade deixada pelos machos.

Justamente no momento de inflexão da civilização quando praticamente todo o trabalho físico humano poderia ser totalmente substituído pelas máquinas informatizadas, por robôs, como por exemplo, já existe há mais de duas décadas indústrias sem uma única alma, como uma manufatura de trem-de-pouso de avião na Austrália, sem uma única presença humana e comandada à distância do centro de controle da Boeing em Seatle nos EUAN.

Outros exemplos: a sonda interplanetária Curiosity pousou no solo do planeta solar Marte automaticamente, por que os sinais de rádio que poderiam controlá-la não chegariam até lá em Marte em tempo de monitorar e controlar o pouso, monitorar as manobras de aproximação e pouso por que estes sinais viajando à velocidade da luz chegariam até a espaçonave com um atraso de mais de dezesseis minutos!

Até mesmo o trabalho intelectual humano está em crise. Os sistemas informatizados geradores de códigos de programação substituem e em alguns casos superam a capacidade humana intelectual e física, como os sistemas chamados “case” que projetam, escrevem, documentam, analisam e implantam sistemas de informação inteiros computarizados em rede codificados em PHP, Oracle, Java, Javascript, melhor do que quaisquer analistas de sistema ou programadores de computadores humanos poderiam fazer! Os sistemas CAD Computer Aided Design fazem projetos de engenharia com uma perfeição que ultrapassam o mais habilidoso projetista humano. O que quer dizer isso?

Significa que após mais de oito mil anos de total ausência do gênero feminino durante as conquistas científicas e tecnológicas da civilização humana, quando o gênero macho esteve no protagonismo criando todas as ciências e 99,9999% das patentes, invenções e descobertas científicas e históricas, obras de arte, então diante da total ausência do outro gênero, que a tudo assistiu passivamente, vem, agora, no apogeu da hegemonia da humanidade ante o advento das máquinas inteligentes, disputar o espólio da decadência da humanidade, traduzido na conquista que se resume em trocar o papel de dona de casa pela ocupação fora de casa.

Seria essa a maior conquista das mulheres? Trocar a estreiteza da perspectiva da vida do lar pela estreiteza da perspectiva da vida subordinada ao sistema escravagista disfarçado em trabalho assalariado para a maioria dessas novas trabalhadoras? Para alcançarem os melhores postos do mercado de trabalho que realmente contam e que valem a pena nessa troca de ocupação, a mulher precisaria ser o seu próprio patrão, ou ser o seu próprio chefe. No primeiro caso, precisaria de capitais financeiros; no segundo caso precisaria de capital intelectual. Nos dois casos precisaria optar entre a maternidade e a atividade profissional fora do lar.

Assim, a maternidade ficaria adiada ou excluída, ou suprida por outra mulher: a babá doméstica. Não existe nenhum fato histórico comprovando a teoria de que o homem oprimiu historicamente a mulher deixando-a neste estado de total submissão e desimportância tal que precisou de um movimento internacional de libertação e liberalização. Seria uma conspiração machista transnacional e intertemporal em uma época em que os continentes nem se imaginavam as existências uns dos outros, nas eras de pré colonização (pré-colombiana) e pré descobrimentos das Índias, Américas e África.

Já faz tempo que com a divisão de tarefas podemos contar com a solidariedade orgânica-mecânica social que nos permite trocarmos tarefas/produtos por uma remuneração financeira, e encontrarmos produtos e serviços ofertados no chamado mercado, embora não seja algo muito justo e equânime (por isso que Karl Marx e outros filósofos protestaram ante as injustiças desta divisão assimétrica do trabalho social, mas isso é tema para muitas guerras e discussões, incluindo Jesus e tantos outros críticos da estrutura social).

Nesta divisão do trabalho social percebemos que não existem papéis dispensáveis-desimportantes, socialmente, embora as remunerações sejam desiguais, socialmente falando o trabalho do gari é tão importante quanto o do médico, ou do engenheiro ou do administrador.

A sociedade moderna depende de funcionar interdependentemente e para isso precisa de cada um destes papéis sociais, vide que na década de 80 do milênio passado a Alemanha teve que incentivar a entrada de migrantes turcos para suprir a falta de mão-de-obra de carpinteiros, garis, encanadores etc... que eram bem-vindos e tinha muito boa remuneração por total falta de interesse dos bem escolarizados alemães que não desejavam ocupar estas funções de baixo status social mas, que não existindo tornavam a vida social impossível na Alemanha.

Quando a mulher percebeu que deveria tentar mudanças na sua participação na divisão do trabalho social incluindo o papel de mãe, aí sim colocou em risco a sobrevivência da espécie humana pela primeira vez em toda a existência do gênero humano. Sem a mãe e dona-de-casa, o macho não teria tempo para inventar tudo que a tecnologia hoje oferece para a sociedade.

Não sei como será no futuro, mas parece que Karl Marx tinha razão: mesmo que você pagasse o mesmo salário para o médico e para o gari, ainda assim teríamos médicos e garis, mas a sociedade teria que para isso aprender a rever o status social dos garis e dos médicos.


Para mim acontece isso com relação ao papel social atual da mulher: elas apenas querem ser valorizadas em seus papéis de mães e de esposas, nada mais, por que o mundo do trabalho não é nada glamuroso, a não ser para os chefes, empresários e para algumas profissões bem vistas, e isso vai ser percebido pelas mulheres que trabalham fora, mas, tarde demais e então o prejuízo estará feito e será difícil voltar atrás aos papéis sociais anteriores à revolução feminista, como algumas sub-trabalhadoras operárias já descobriram dolorosamente.
A mulher domou e domesticou as plantas, os animais e o macho, civilizando-o e educando-o, tornando o macho o ser humano que hoje ele é, através da criação da religião, do culto aos mortos, da moral, do amor moral, da estética, dos rituais sociais e da Ética.

A mulher criou a civilização humana.

P.S: parece-me que o tiro saiu pela culatra histórica do revólver feminino! A mulher sempre usou da dominação carismática e sexual para controlar e exercer o seu poder sobre o macho; obrigou-o a fazer guerras, a governar o mundo e a ser um desbravador estimulando o seu machismo, sua coragem e destemor, nós os machos é que trabalhamos, pescamos, caçamos, matamos e morremos em 99% dos casos, elas sempre escolheram o seu parceiro que a escolheria e o resultado disso foi uma seleção natural que resultou em machos mais altos e mais fortes do que as fêmeas num dimorfismo sexual causado por este comportamento feminino na hora de copular com o macho, os fracos e baixinhos não tinham grandes chances, hoje elas procuram os bem-sucedidos intelectualmente e economicamente; mas a sinestesia deste esforço escravo e submisso foi a Revolução Industrial machista que começou na Inglaterra, com o objetivo de diminuir o trabalho humano-masculino, em alguns casos de substituí-lo pelas máquinas a vapor e elétricas, e no caso da informática consistiu na nova era de revolução tecnológica em fazer computadores que calculam melhor do que o ser humano seria capaz. Resumindo; o placar homem X mulher na linha do tempo virou, depois de 2,5 milhões de anos, mas as feministas querem devolver a diferença.